sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sonhos, sonhos são...

Bom dia caros leitores, estou aqui disposta a escrever a minha filosofia semanal neste blog. Como eu afirmei na minha últimBoa nota, esta história toda de extreme makeover está me deixando meio cansada. Quem diria que eu teria férias com tantas atividades! Eu tenho que ler, cozinhar, ir ao clube, sair com as pessoas, dormir, passear por aí com as minhas duas companheiras cadelinhas, arrumar o meu quarto, bagunçar o meu quarto, assistir séries de TV e filmes, descobrir todos os esportes no universo... MEU!! É algo que está me mantendo pretty busy!

Bom, mas como o meu objetivo aqui é filosofar sobre as banalidades que acontecem pelo mundo, vou contar algo que entrou na minha cabecinha fértil bem agora: Eu assisti um filme muito fofo chamado O Som do Coração, que conta a história de um garotinho órfão que segue a música para encontrar seus pais. Após assistir esta película, eu me pus a pensar na seguinte questão: Neste filme tem uma cena em que o garotinho está na rua, andando, e vem todo aquele barulho das ruas de uma cidade grande, caminhões, pessoas andando etc, e o menino pega isto que nós chamamos de barulho e transforma em uma música, como se fosse algo natural. Eu sei que, no final, acaba sendo só barulho. Mas, ainda assim, eu estou aqui de férias tentando me reinventar e deixo passar coisas essenciais que poderiam fazer parte desta minha reinvenção.

Eu nunca tiro um tempinho para observar as coisas ou olhar a paisagem, ar atenção nos detalhes. Eu ando por aí com as minhas cachorras fugindo do barulho como se o som de um caminhão fosse praticamente um pecado. Eu espero sentada o dia em que São Paulo virará Nova York e eu sairei pelas ruas cantando feito a Audrey Hepburn. Eu me sinto como uma criança esperando para ganhar uma bala, sabe quando ela não consegue ficar quieta enquanto não ganha alguma coisa? Então, esta sou eu. Eu sou uma criança esperando a vida começar. Só que, ao invés de ficar aqui parada, eu finjo ir atrás de alguma coisa imaginando qual vai ser o gosto da bala. Talvez eu me sinta mais viva se eu conseguir simplesmente observar estes pequenos detalhes!

Eu quero fugir, descobrir o mundo. Ir atrás dos sonhos que eu vou inventar. Por algum motivo toda a minha mudança não parece suficiente. Só espero que um dia eu não acorde e perceba que, na verdade, a vida já começou. Só eu é que não estava vivendo, eu estava parada pensando em como eu seria mais legal magra, alta e loira! Ao invés de perceber que eu sou legal com os meus pequenos detalhes.
Para que mudar todas as coisas se a mudança não me tira desta minha realidade penosa? Me sinto presa neste eu indiscritível, quero achar o meu sonho que se torne realidade. Sonhos são somente tentativas de tirar-nos daquilo que a gente não quer encarar.

Quero conseguir entender os detalhes, captar cada parcela do meu mundo. Capturar os mínimos detalhezinhos de mim mesma, talvez isto consiga mudar o meu todo. Eu fico girando de volta no mesmo lugar. Para que tentar jogar tenis, golfe, baralho ou bilhar se eu vou ficar repetindo o mesmo erro de sonhar as mesmas coisas de novo e de novo? Preciso acabar com os meus sonhos.
Estou cansada... Talvez este texto não faça muito sentido. Que tal umas fotos ilustrativas que eu fui tirando pelo mundo?

São as minhas tentativas de me conectar com o mundo... acho que ficou pretty nice!






Fotos tiradas no Clube de Campo de São Paulo em Julho 2008, por Jude!

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